Da Redação - Ritha Ribeiro 20/09/19
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árvore doente da Praça do Rosário |
Emoldurando a entrada da primavera no calendário do hemisfério sul do planeta, o dia da árvore - 21/09 é lembrado a cada ano como uma data propícia para exercitar o lado sensível do cidadão e despertar um sentimento de preservação ambiental no sentido mais amplo, dentro da capacidade individual de fazê-lo.
O que é realmente trágico nisso tudo é que ao lado de uma programação extensa que já começou no dia 17/09 com uma blitz educativa na BR 040, dia 18 na MG 188 e hoje (20) ainda contará com o dia de campo no Centro de Treinamento e Educaçao Ambiental do IEF ( ao lado do Campus do IFTM), o paracatuense vive dias de incertezas quanto ao futuro do ambiente que nos cerca, nos alimenta e ao mesmo tempo nos consome a saúde.
Nos últimos meses vimos episódios de poluição ambiental de diversas maneiras vindas do solo, ar e água, tal como nuvens de poeira tomando a cidade, mau cheiro exalado de produtos tóxicos e queimadas para citar o básico.
Numa cidade pouco arborizada, o bolsão de calor foi sentido por todo o perímetro urbano. Não se vê mais criancinhas plantando árvores, nem em campanha de político em ano eleitoral.
As pessoas se perguntam o motivo pelo qual Paracatu não se sensibiliza, engaja e trabalha em favor da condição ambiental, se as reclamações atestam o fim de uma paciência e a constatação que os danos já estão sendo sentidos.
A omissão de setores da administração pública e a forma distante da comunicação com a comunidade para esclarecer questões que nos afetam a vida cotidiana, denotam que apesar dos esforços de fazer parecer uma data festiva, este dia da árvore de 2019 deveria ser um dia de luto por tudo o que já perdemos e pelo tanto que está sob ameaça.
Fica uma imagem pra aguçar a lembrança dos mais velhos que tinham nesta árvore paracatuense um ícone e na nossa floresta amazônica um patrimônio pétreo. Hoje as duas condições não existem mais.
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